dimanche 2 décembre 2018

A dimensão do homem

A missa do primeiro domingo do Advento coincidiu esse ano com o aniversário do homem mais importante da minha vida. Ele que me mostrou que homem pode e deve chorar, que sempre esteve lá sem nada dizer, dizendo muito mais do que as palavras podem contemplar. Um silêncio que acolhia as confusões dos sentimentos profundos, que ele, com sua sensibilidade e delicadeza, soube criar nos momentos em que mais precisei.
Nessa tranquilidade aparente, mora também uma inquietude infinita. Inquietude que sabe que na calma mora a vida. Essa aspiração que temos em comum, cada um na sua dimensão.
Quando desejamos a "Paz de Cristo" uns aos outros na missa, ao tocar a mão macia de uma criança, soube imediatamente o que buscava. A calma que Cristo teve diante da própria morte, que nos coloca em questão diante desse nosso grão de vida, que temos tanta dificuldade em honrar. 
E vamos caminhando juntos, meu pai, com nossas preces descombinadas, mas ainda assim sintonizadas, esperando que uma grande paz seja possivel. Dentro e fora de nós. Contando os domingos de Advento, que começaram com o seu, seguimos em busca desse encontro misterioso com o mais puro em nós. Na alegria de poder festejar o simbolismo de seu nascimento, renascemos. Você renasce hoje. Felicicidades !