mardi 6 mars 2018

A alma francesa

Continuo ainda, me encantando e aprofundando, do patrimônio ancestral francês. Admiro sua maneira afetiva de tratar a terra, de tratar as antigas profissões artesanais, ambas passadas de pai para filho, depois de muitas gerações; com o mesmo sentimento e preocupação de honrar essa continuidade e ao mesmo tempo, atualizá-la as necessidades atuais.
A cada dia aumenta o numero de agricultores locais que se aproximam dos consumidores por meio das feiras, de pequenas cooperativas sem intermediários. O caminho é longo, pois as grandes distribuições e a comida de baixa qualidade é muito mais acessível, mas se compararmos o preço com a qualidade, e se conhecermos as histórias e percursos de cada artesão, reconhecemos e aderimos ao valor desses esforços .

Os grandes chefes de cozinha que se "escondem" pelos pequenos vilarejos franceses conhecem o caminho desses tesouros, pois eles mesmos tem a sensibilidade de trabalhar o alimento com o objetivo de honrá-lo. O criador de ovelhas que verifica diariamente se a grama esta suficientemente verde e forte para soltá-las de novo nos campos após o longo inverno, deseja ver a felicidade de seu rebanho, deseja vê-los crescer de forma saudável. A família que fabrica o queijo Mimollete juntos, onde cada um se ocupa de uma parte da fabricação, cuida da ordenha das vacas da maneira menos estressante possível para elas, e acaricia o produto final como um filho que chegou ao auge da sua vida. Do ultimo fabricante de tamancos em madeira, do ultimo que fabrica folhas artesanalmente a partir das arvores, de pessoas que tentam resgatar a fabricação de boinas de feltro, de guarda-chuvas, de tudo que possamos imaginar. A França tem uma alma profundamente grata à sua ancestralidade cultural, e ainda luta por isso. Talvez, ainda que intuitivamente, eles saibam dar a importância devida às suas origens.     


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