mercredi 14 mars 2018

Construindo afinidades



Hoje eu e Tati polemizamos com nossas fotos com os novos cortes de cabelo. Muitos achando que a gente se parece e coisa e tal. No colégio, seus amigos nos confundiam, quando tínhamos os cabelos parecidos em corte e cor. Mas nunca nos fizemos passar uma pela outra, nossos temperamentos sempre foram diferentes. Nascemos com um pouco menos de dois anos de intervalo, e como é o caso aqui em casa com o Hector e o Ariel, somos como água e vinho, se bem que hoje em dia eu diria como o vinho branco e o tinto, rs.
Minhas lembranças de infância estão rodeadas pela sua presença. Sua irreverente agitação, um pedaço saltitante de gente, entusiasmada até os ossos, cujo riso era sempre forte e alto. Cuja personalidade não deixava nada passar. Assim como as histórias da minha mãe "armada" de um guarda chuva, me lembro bem que a Tati nunca levou desaforo pra casa. E além de se garantir, de quebra me protegia. Não lembro das encrencas na escola, mas me lembro bem das nossas. Aproveitávamos a saída da minha mãe pra sair no tapa e resolver as questões pendentes, como acontece de vez em quando entre irmãos. Lembro de um dia que não parei de bater nela até que ela chorasse, pois a Tati podia sofrer, mas não perdia a pose. Pois então, nesse momento parei e chorei junto com ela.
De qualquer jeito, as afinidades foram se desenhando com o passar dos anos. o respeito se aprofundando, e os desentendimentos se transformando em simples diferenças de ponto de vista. Como quando brincávamos na casinha e não tínhamos vontade de seguir uma mesma história... dávamos um jeito de estar juntas, cada uma seguindo seu caminho, que as vezes se cruzavam um momento ou outro.





Hoje continuamos assim. Nossos caminhos se cruzam, a distância não existe. Estamos presentes uma pra outra quando precisamos. E estaremos sempre.
E isso é o que mais importa. 

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