samedi 17 mars 2018

O essencial mora na simplicidade

Hoje logo cedo me deparei com uma foto maravilhosa de uma grande amiga, na verdade, a responsável pela minha retomada na escrita. Jany está viajando com a filha Julia. Já passaram por lugares do Tibet, India e talvez outros países...e acompanhei cada passo delas pelo facebook, seu diário de viagem. Não vou falar detalhes de sua viagem, ela tem certamente muiiiito o que contar.
Fiquei impressionada com a sua mudança visível pouco a pouco. Eu sinto, sim eu sinto pela foto, que algo mudou...seu olhar, sua postura e até seu sorriso estão abertos, relaxados, exalando uma liberdade dificil de definir, apesar de todas as circunstâncias que viveram.
Me lembrei de uma viagem que mudou a minha visão sobre a vida. Em 1995, fui com o Roti para o Maranhão e aprendi mais em um mês de mochileira do que em três anos de facu. Aprendi a viver com o básico, a sentir o prazer imenso que mora no simples, no essencial. Semanas dormindo em redes, fazem a gente experimentar uma sensação inexplicável ao deitar numa cama; longas caminhadas, encontros com as pessoas, suas culturas, suas vidas. Criar proximidade e afinidade no inexistente. E o contato mais que intenso com a natureza, que faz a gente se sentir pequenininho e ao mesmo tempo indispensável.
Voltando pra Sampa, eu era outra. Meus olhos enxergavam tudo diferente. A TV soava falso, a natureza estava distante... mas eu ganhara uma paciência infinita. 
Infelizmente as camadas de civilizaçao se depositaram novamente. E lamento a cada dia essa distância da simplicidade, em nome de um conforto superficial e efêmero.
Espero um dia poder reencontrar esse olhar, que de fora me fez olhar pra dentro.

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