Achei um vaso que condizia com seu porte, e fui atrás de um especialista no assunto pra ter a certeza de não estar fazendo nenhuma bobagem.
O cara sabia muito. E falava com um entusiasmo, como se as plantas fossem suas amigas íntimas, as quais ele conhece profundamente. Explicou-me que não tenho como saber se meu Pé de Elefante quer trocar de vaso, sem retirá-lo pra verificar suas raízes. Se as raízes estiverem espremidas, ele esta pedindo mudanças. É como uma criança de tênis apertados, que não sabe explicar ainda que o tênis tá apertando o pé.
Enquanto me tranquilizava, afirmando que as folhas secarem e caírem era algo normal, me explicou a importância do estresse na vida das plantas. Se elas estão bem, não florescem. Mas quando estão sob um certo estresse, milagrosamente sentem que correm um risco de vida e lutam com todas as forças para se perpetuarem. Daí o florescimento !
Quando o tempo melhorar, me aconselhou a colocar todas as que estão tranquilas dentro de casa do lado de fora , pra que sentissem a plenitude da mudança, em todas as nuances, todos os contrastes.
Sai de lá pensando...será que é isso que a vida espera da gente ? Que a gente dê o melhor é mais bonito de nós mesmos vivendo plenamente suas bençãos e desgraças ?
Mistérios que nossos caminhos nos reservam... Assim como as plantas, simples e frágeis seres vivos, mas cheios de capacidades desconhecidas.
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