samedi 11 août 2018

De encontro ao reencontro.

Ah, as pequenas alegrias do meu Brasil.... O avião pousa e o rapaz ainda está ali, sinalizando para orientar seu estacionamento. Chove e faz frio, mas mesmo com uma capa de chuva desajeitada ele acena para o Iago, que, da janela do avião, tenta estabelecer o primeiro contato com essa gente que ele quer tanto bem. Apesar de todas as condições, ele responde sem deixar de cumprir com sua função. Iago me olha sem acreditar no que vê, sorrimos juntos de emoção, na certeza de estar sentindo a mesma coisa. Sim, só poderíamos estar no Brasil.
Sua expectativa é grande, dois dias dormindo pouco, horas em contagem regressiva, é ansiedade que não cabe mais dentro dele. Já tinha imaginado quantos abraços apertados daria em cada um que encontrasse. Sorrisos se espalham pelo trajeto : no moço da alfandega; na atendente que cruzei o olhar,  mesmo sem parar, no Duty Free. Sorrisos e abraços, sim, estamos mesmo no Brasil. 
O beijo é único, mas os abraços são longos. Me pergunto por que sempre esquecemos como é bom abraçar. Se sentir nos braços do outro, em seu calor, no acolhimento. Sentir o que o outro tem a me oferecer, retribuir na justa medida, sem encontrar palavras. Abraçar sem economia, sem guardar nada para si, abraçar para reconciliar emoções distantes, dar-se. Estar no Brasil é se disponibilizar pro abraço, reconhecer seu devido valor, e a cada vez que pisamos nessas terras ainda tupiniquins, permitir que tudo ainda aconteça, e se reestabeleça.

Aucun commentaire: