Já pressentia o porquê na nossa partida, como se estivesse abrindo mão de um dos grandes encontros da minha vida. A passagem dos meninos por essa grande casa sem paredes construiu a base do que são hoje. Nesse mundo doido, ao menos eles sabem que tudo pode sim, ser diferente. Sinto profundamente que o Iago não possa vivenciar esse lugar, registrar em seus poros aquela poeira fina e umidade perfumada de eucalipto. Que não tenha vivido o acolhimento silencioso da Léo, a firmeza tenra da Terê, uma verdadeira vida em comunidade.
Nas entrelinhas desse relato-livro do Ariel, se revela a preciosidade dessa escola. Num caminho de transformar o vivido em palavras, aprofundava a cada linha sua sensibilidade num registro eterno. Sentimentos simples, assumidos, que encontraram palavras para serem visitadas hoje, por ele, por mim, para quem tiver a sorte de folheá-lo. Sentimentos que hoje norteiam os gestos desses meninos-homens, que puderam saborear o esforço de vivê-los plenamente.
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