mardi 13 février 2018

Exercendo um outro olhar

Falando com meu pai no skype hoje, ele me perguntou o porquê de eu ter retomado a escrita, e mais precisamente, ter encarado esse desafio. 
Há exatos dez dias acompanhando as aventuras da minha querida Jany, disse à ela o quanto suas histórias me enchiam de esperança e eram um sopro de vida. Ela então sugeriu que eu entrasse no embalo, me contando a história de um livro da autora americana Raquel Raomi Remen, onde um paciente é aconselhado a anotar uma coisa que o tivesse emocionado ou inspirado a cada dia. O processo não foi fácil para ele, que havia uma profissão delicada, mas aos poucos ele começou a reparar nas coisas a sua volta de um outro jeito. Rapidamente senti um impulso em fazer o mesmo, como uma necessidade. E mesmo dizendo a ela que andava meio desanimada pra escrever, ela afirmou com doçura que não esquecera que eu era escritora, pois tinha olhos e coração sensíveis.

Me impus então esse desafio, pois não tem sido sempre fácil, apesar de nunca ser impossível : escrever 15 linhas todo dia, sobre algo que me tocou, independente da forma. E sinto que algo que aparece negativo pode se transformar em algo muito positivo, um aprendizado pra mim.
Penetrando em mim com uma exigência de aprender com o mínimo, com o que esta escondido, quase invisível, me fortaleço, me esclareço e cresço.
Se puder tocar os outros nesse processo, desejo profundamente que a energia que me exige esse esforço de escrever chegue até vocês. 
Pura e simplesmente. 

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