Descemos 21 metros numa escada rotatória que parecia não ter fim, cruzamos com as marcas de colocação de colunas dos corredores. Algumas foram colocadas na idade média. E finalmente chegamos ao Ossoário, cuja entrada tinha os dizeres : "Pare, é aqui o império da morte". O que era a principio um esvaziamento dos cemitérios parisienses em 1780, foi transformado em obra de museu por Héricart de Thury, que organizou os ossos construindo formas, marcadas por frases reflexivas sobre a morte enquanto seus crânios anônimos encaram seus visitantes que, misteriosamente cochicham ou simplesmente seguem em silêncio. Iago seguia na minha frente, fascinado. Encantou-se com os crânios e seu brilho e ficou impressionado que alguns ainda tinham dentes. Curioso sua naturalidade diante dos ossos, apesar da morte ser uma questão que o intriga, como se não associasse os ossos aos humanos que foram um dia.
Deixo uma mensagem dos corredores à reflexão :
"Pensez le matin que vous n'irez peut être pas jusqu'au soir, et le soir que vous n'irez peut être pas jusqu'au matin".
"Pense pela manhã que talvez você não chegue até a noite, e pense à noite que talvez você não chegue até a manhã."
Um convite pra vivermos o instante presente ?
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire