jeudi 12 juillet 2018

No coração dos castelos

A França está tomada por castelos. Alguns em ruínas, medievais, fortes, renascentistas, castelos desconhecidos que mutirões de vilarejos se juntam pra salvar. É um patrimônio de extrema importância na cultura francesa, como se eles já nascessem sabendo que o passado tem muito a nos ensinar...
Estamos na região do Perigord, rodeados de rios e castelos que tiveram diferentes funções. Descobrindo um pouco mais sobre eles, descobrimos que ainda hoje tem sua função: transmitir sua história para que compreendamos seu percurso e o que ele tem a nos ensinar.

As ruínas do antigo forte, o Castelo de Gavaudun, parecem nascer de um enorme rochedo. Ele fôra estrategicamente construido no local com uma arquitetura militar para dificultar seu acesso. Primeiro ocupado por ladrões chamados Henriciens, contruiu a fama de guardar um tesouro. Destruido e reconstruido, só podemos imaginar o que aquelas pedras já testemunharam, o que aquela altura quase inalcançável pode avistar. Mas o mais impressionante é o acesso. Escadas estreitas e rentes ao corpo impediam qualquer chegada surpresa, mesmo porque a maneira como entravam na época é inacessivel ! Na verdade, o poço que ligava a entrada ao castelo era acessivel por uma escada móvel, que "selecionava" as visitas. 

A tarde estava longa, prolongamos então o passeio para um castelo de estilo oposto : o Castelo de Biron. Um dos maiores da região, um rei dos "puxadinhos"; tem dentro de todo o conjunto uma parte medieval e outra renascentista. Capela de dois andares, 10 chaminés, algumas revestidas de mármore, uma cozinha medieval que  nunca chegou a ser usada; mil anos se passaram e ele continua ali, intacto. As telhas correspondem a cada época, as curvas das vigas, me tocam como as curvas de um corpo humano; e por dentro, seu esplendor na força e vigor da madeira...
Chegando na ala renascentista, tudo parece mais familiar, mas o trabalho do artesão ainda está ali, nos detalhes. No desenho delicado do ferro dos corrimãos, no piso desenhado em madeira que ainda exala seu perfume.
Não podíamos terminar o dia de outro modo : jantando ao ar livre nos jardins do castelo. Só comidas típicas da região feitas e vendidas pelos comerciantes locais : magret de canard em hamburguer, morangos da Dourdogne com chantilly, vinho local.
Mais um dia de descobertas e de admiração por esse povo que sabe valorizar sua história.

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