lundi 23 juillet 2018

Proximidade à distância

Iaia, te escrevi uma carta hoje, como se estivéssemos conversando na hora do lanche. De uma certa forma entendi porque gosto de escrever, pra reencontrar esse gosto de um diálogo sincero. Foi uma das primeiras coisas que fiz, depois de arrumar os teus playmobis que separamos pra levar pro Joca. Te contei como foi dificil fazer planos pra essa semana, minha indecisão libriana estava à toda. Não consegui ainda definir minhas prioridades para os próximos dias. Perdi um bocado de tempo tentando, mas tudo vai se desenhando... Esses dilemas estranhos me mostram o quanto o tempo ainda me aprisiona. Prisioneira do tempo, com a sensação de perdê-lo, de não vivê-lo plenamente... 
Pela primeira vez não estou preocupada contigo. Teu sorriso ontem à noite me tranquilizou. Tinha um bocado de segurança e maturidade nele. Ele me dizia o quanto você estava feliz em partir e passar uma semana na natureza, conhecendo um novo ambiente, pronto para enfrentar as dificuldades que aparecessem, ansiando mesmo por isso. Foi tão reconfortante poder sentir isso em teu olhar.
Tuas duas mãozinhas acenando da janela do carro me deixaram leve, me fizeram partir abraçada pelo calor gostoso do começo da noite, que me acompanham até agora. 

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