Na década de 90 não perdia um. Ele, ou eu, estávamos no auge. Era o que eu pensava...
O último grande show que assisti foi há 25 anos ! Meus 20, festejados nos 50 anos de carreira dele e de Gil, com o Tropicália II. Eu e minha mãe, no Anhembi, no dia do meu aniversário.
Me afastei do seu percurso, tracei o meu, sem deixar de admirar a clareza e frescor de suas letras. Cajuína, Odara, Canto do Povo de um lugar...
Hoje, dez anos depois, reencontro o povo do meu lugar, que me habita. Em sua voz madura, precisa, a prova de que a idade o esculpiu. Sua voz se transformou em escultura, tal qual as de Rodin e Claudel. Seu frescor, se manifestam agora através dos filhos, pureza límpida que vai de encontro direto ao lugar. Ao profundo. Do agudo limpo de Zeca, ao veludo sensual de Moreno. À descontração descalça de Tom. Velosos, vocês são belos. Não só exteriormente, mas na sinceridade da troca dos olhares cúmplices, no compartilhar bibliográfico das vidas entrelaçadas.
Paro; ainda há tanto à digerir dessa noite em Paris, onde fomos todos o povo de um só lugar.
Un grand merci, du plus profond de moi.
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