Um casal simpático sentou-se perto de nós, habitantes locais, com o forte sotaque da Ocitania, a pele bronzeada e o sorriso no rosto. Bebemos um pouco do tinto deles com o queijo, enquanto experimentaram o nosso rosé na sobremesa. Quando a pista começou a esquentar, lá foram eles dançar também, coladinhos.
Na pista havia lugar para todos. O conjunto eclético conseguia tocar todo tipo de música sem precisar mudar muito o ritmo. Foram das canções francesas que todos conheciam, até ousarem uma Shakira no fim da festa. E o que começou timidamente, continuou até depois dos fogos... uns mais animados que acabavam por convencer o resto da familia a soltar o esqueleto. Cada um do seu jeito, subia o pequeno degrau da pista de madeira e se soltava, como se ali tudo fosse permitido. As vozes do grupo já cansadas não pararam enquanto a animação continuou. Até arrisquei uns passos, mas olhar de fora estava muito mais interessante e divertido, então me sentei perto e pude assistir a expressão reveladora e particular de cada um.
Depois dos fogos encherem o céu pra platéia admirar sentada na grama, muitos ainda voltaram a dançar, talvez o grupo nem tenha parado de tocar... Extasiados diante da doçura do tempo, que foi generoso para o vilarejo poder festejar, todas as idades viveram algumas horas celebrando mais um ano da queda da Bastilha, e tivemos a sorte de poder estar lá.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire