vendredi 13 juillet 2018

O sopro das bastides medievais

Meio sem querer viemos parar num território de cidades bastides. Descobri que foram construidas no século XIII por ingleses e franceses para estimular a povoação de áreas pouco habitadas. Até hoje guardam o charme inigualável de construções perpendiculares à uma praça central rodeada de arcos, que foram preservadas com as cores claras da terra, formando imensas obras preservadas. 
Onde estamos, a cidade de Castillonnès, a cidade viznha de Issigeac, repleta de restaurantes interessantes e a maior delas, que conhecemos hoje, Montflanquin; são exemplos de cidades bastides preservadas.
O dia de marché é quando elas mostram o grande brilho, ficam cheias, como devia ser na idade média, os vendedores falando alto e atraindo a clientela. Mas quando tive a oportunidade de circular sozinha entre as ruelas estreitas e silenciosas, é que pude realmente sentir a vida que habita aquelas pedras, a vida que talvez tenham armazenado há séculos. Sopros frios e úmidos, com um cheiro peculiar de mofo e fluídos, comidas e tabaco, cheiros reveladores de história.
Assim, seja no simples relógio de Castillonnès onde passaremos a festa nacional de 14 de julho, no charme monocromático impecável de Issigeac, aos acolhedores corredores de Montflanquin; respiramos história, meio sem saber se, estar ali seja o suficiente para fazer parte dela.
Imagens se repetem, como se parassem no tempo, numa cidade e em outra, guardando o que tem de mais precioso : essa gente que vive para preservá-las. Artistas em calças largas, boinas grandes, taças de rosé em mãos, festejam os trinta anos do restaurante em que estamos. Imagino que durante muitos verões longos e quentes eles ali estiveram. Verões inesquecíveis com o pôr do sol de aquarela que ganhamos hoje ao anoitecer...
Issigeac
Issigeac
Montflanquin

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