dimanche 22 juillet 2018

Só e bem acompanhada

Leio ou arrumo os brinquedos ? Como ou tomo banho ? Espera, posso comer quando tiver fome...se tiver. Vejo Netflix ou escuto música ? Posso fazer até várias coisas ao mesmo tempo... acho que nunca experimentei essa liberdade...
Primeiras horas sem nenhuma obrigação. Nem reais, nem imaginárias. As reais são comandadas pelas horas, do almoço e jantar. Mesmo nas férias, tudo que diz respeito às refeições são minhas preocupações, e ocupações. Dividir o dia pra que seja prático, rentável, organizado. Uma grande carga mental diária. A não ser quando viajamos, essa obrigação me persegue, como se eu tivesse que pensar nisso todos os dias. Um hábito que se infiltrou na minha vida, e da qual raramente consigo me livrar... E é à noite que meus medos e inseguranças mais profundos aparecem e exigem uma ação, o que às vezes acaba sendo estranhamente uma ajuda...
As imaginárias, todas as obrigações que imponho a mim mesma, como se cada minuto de ócio devessem ser pagas em trabalho. Me transformei numa escrava da casa. Essas correntes que arrasto comigo estão longe de se romper, mas agora eu as vejo.
Como encontrar um equilíbrio no exercício da maternidade ? Como dividir de forma justa as responsabilidades de uma família ?
Iago volta domingo que vem, Roti sábado, Hector em agosto, Ariel em setembro...eu estarei completamente só por cinco dias, depois de 23 anos. Experimentar cinco dias sem me preocupar com a minha família é um grande desafio, saber aproveitar desse tempo precioso, viver encontrando minhas  prioridades do momento será muito interessante... registrar essas impressões escrevendo, uma alegria.

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