lundi 9 juillet 2018

Pé na estrada

Dá trabalho, mas encaro qualquer pé na estrada. Depois de uma semana sem tempo nem pra escrever, os preparativos fizeram o domingo ficar curto, a memória espalhada, procurando em cada canto da cabeça o que tinha pensado em fazer instantes antes. Molhar as plantas, não esquecer o filtro de café, par de meia no caminho - pronto - o que eu ia fazer mesmo ?
Acordo mais cedo que todo mundo :  sacolas, malas, detalhes...queria ser mais desligada, mas meu funcionamento me persegue. Não estressar por esquecer as coisas é algo desconhecido pra mim.
Bastou pegar a estrada que o relaxamento começou. Não o físico, mas o mental. A atenção que a estrada exige, mais a companhia da música, sempre recheada de lembranças, me realizam enquanto dirijo. Canto, o corpo não cansa, o sono não ousa se aproximar. Francis Cabrel, Marisa Monte, Maria Rita, Virginia Rodrigues...cada uma contando um pedaço de vida que passou, a voz de hoje vibrando em mim o sentido de ontem, se transformando em sentido hoje.
Parada para o piquenique. Viagem sem piquenique na estrada não tem graça. Sombra, mesa cheia de frios cortados fininho, saladas lavadas, frutas geladas. Pausa pra reconfortar o corpo, esticar as pernas e lembrar com o céu azul de quantos outros já aconteceram. Esse é o primeiro de uma viagem que começou, e não será o único...

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