mercredi 13 juin 2018

Deixar se espalhar, colher o vier

Meus tomateiros estão gigantes. Depois de tempestade, dizem que vem a bonança... e lá a generosidade não tem limites.
Ouvi dizer que deveria ter. Que para ter bons frutos, deveria reduzir o número de troncos, gulosos de seiva, para ter menos tomates e de melhor qualidade. Se não fizer isso, provavelmente terei muitos tomates pequenos e de casca grossa...mas quem disse que quero cortar os galhos gulosos ? Eu quero é deixá-los se espalhar, encontrar com outras plantas do caminho, interagir. Quero um montãonde tomates para poder distribuir por ai. Se eu tiver só uns poucos, vou fazer o que ? Ficar admirando e depois dividi-lo pra familia toda ?  
Isso pode servir pro vinho e para os legumes, mas eu acho que a gente poda demais. Corta, sem nem saber até onde ia dar aquilo, a gente tem medo se deixar ir até o fim... 
Será que a vida não precisa dessa abundância, desse espalhamento ? Ocupar todos os lugares, seguir todos os rumos, até o fim. E depois colher os frutos que brotarem pelo caminho, sejam bons ou ruins. A gente vai ter que engolir de qualquer jeito, não é mesmo ? Que a gente engula com a consciência de ter colhido o que plantou.

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