Os que se interessaram se aproximaram, queriam saber do arco, das crinas de cavalo, ele explicava empolgado e concentrado, quase como se fosse sua profissão. Assustei, será que não passamos o carro na frente dos bois ?
As mãozinhas se revezavam na madeira doce do instrumento, pra sentir a vibração. Boquiabertos, registravam as novas impressões, o som grave, o mais grave que já escutaram. Feito a voz profunda dos cantores tibetanos que ressoam dentro da gente.
E lá fui eu, de volta pra casa, carregando aquele peso. Peso que vale; que vale a pena o sacrifício de transportar, subir e descer escadas, transpirar. Peso que acaba sendo leve depois de testemunhar essa aproximação verdadeira de uma criança e seu instrumento.
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