samedi 14 avril 2018

À mais leveza nessa vida

Essa tarde terminei um pequeno livro, o primeiro de uma autora que escreve gostoso, com a leveza que tenho procurado ultimamente.
A vida parece as vezes mais pesada do que deveria, então nada melhor que umas boas risadas para suavizar dias chuvosos que tem impedido a primavera de se instalar.
Apesar da figura central ser um senhor um bocado ranzinza, que não assume muito bem sua vida, achando que todas as infelicidades são culpa dos outros; o livro guarda uma surpresa... A chegada de uma garota muito esperta no prédio onde mora. Ela ousa desafiar toda a lenda criada em volta da sua fama de serial killer, pelas senhoras demasiado fofoqueiras do predio, e decide conhecê-lo.
A ousadia da pequena surpreende e atordoa o ranzinza. Perdido diante de tanta inteligência e audácia, ele se rende a sua invasão diária do meio dia. Como a comida da cantina é deplorável, ela conquista aos poucos o coração dele, e a barriga com docinhos especiais. Pouco a pouco vão se conhecendo mais e mais, e ela traz uma doçura pra ele com sua espontaneidade de criança, sem que ele nem perceba.
Graças a ela, o livro fica leve, e essa relação improvável salva ambos da solidao, abrindo ainda outras portas.
Mais um livro onde a comida faz o pano de fundo das relações, quando palavras não conseguem expressar sentimentos, compartilhar uma refeiçāo, fazê-la especialmente para alguém, cria essa atmosfera unica de oferenda, reconhecimento, gratidão.
Também terminei meu dia de hoje nessa atmosfera leve, na casa da Dri e do Carlos. Cheguei com a alichella do meu pai, que fiz pela primeira vez para que provassem, e tive a sorte de experimentar o estrogonofe do Carlos, delicioso por sinal.
Numa mesa partilhada, a amizade se aprofunda, cria raizes e pode vir uma tempestade que não podera arranca-la mais da terra. Pois ela foi muito bem regada e adubada... 



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