samedi 28 avril 2018

Da vida ao palco

Digerindo ainda o espetáculo que assisti ontem a noite...
Resultado de uma semana somente de trabalho, inspirado no processo de Pina Bausch, uma trupe extremamente mixta, de 12 a 50 anos fez duas horas correrem diante de nossos olhos.
Gestos particulares, que, se repetindo ganhavam significado, pessoas se confundindo com personagens. Cenas do cotidiano que hora nos faziam rir, horas nos cortavam a respiração.
E por que tudo passou tão rápido ? Porque se tratava de vida. Da vida que passa sem nos esperar, da vida que corremos pra alcançar. Da verdade, ao extremo da hipocrisia. Pois é disso que precisamos, confrontá-las para, cada vez mais,  aprendermos a diferenciá-las. 
Dores de amores, posturas que a vida nos cobra. Que a gente se cobra.
Por que foi tão significativo ? Pois quem estava lá, no palco, estava inteiro, dando tudo de si. A apresentação foi única, talvez por isso, tivemos o direito de assistir à tamanha plenitude. À verdade, criada por cada um deles, as vezes de improviso, as vezes, trabalhada claramente há anos.
Como numa cena onde cada um trouxe uma frase que o pai ou a mãe dizia com frequência...a última a atravessar a cena, trouxe aquilo que não era dito : je t'aime.
Tão próximos à realidade vivida por cada um de nós ali, como se fossemos os homenageados, contemplados pela oportunidade de vê-la face a face.
Como na primeira frase dita : "Não perco nunca: ou ganho ou aprendo". Saímos dali sem querer partir, com o gosto de ter feito parte dessa grande vitória.


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