vendredi 27 avril 2018

Meu pedaço nordestino

Meus pais me ligaram hoje lá de Olinda. Vi meus queridos padrinhos com eles, e me lembrei que sonhava morar por lá, perto daquele perfume de alga e daquele mar verdinho...
Aproveitei algumas férias da época de faculdade pra curtir sua linda cidade e companhia. Na verdade, nesse periodo foi o que mais me aproximei deles, tinhamos longas conversas, noite adentro, me sentia como se lá fosse minha segunda casa... senti o que era ter padrinhos.
Nas noites gravando fitas cassetes com o tio Dante, descobria nossos gostos em comum, Toquinho, Elis, muita MPB que traçou pra sempre meu gosto musical. Nos passeios de jangada esperando as prainhas aparecerem, tio Dante e tia Marcia, em meio a risadas e aquela brisa quente deliciosa, me apresentaram o whyski com água de coco. Muita cumplicidade que guardo com carinho, como ae fosse ontem.
As tapiocas na Sé, ainda me dão agua na boca só de lembrar...aquele queijo coalho torradinho com coco ralado e leite condensado...exageros permitidos e repetidos, gosto e perfume na lista dos meus preferidos. Nas lojinhas, procurávamos lembrancinhas e sempre comprávamos as pequenas e delicadas peças típicas em cerâmica, que terminavam quebrando um pedaço no retorno de avião. Mas bom negócio mesmo foram as minúsculas bonequinhas de pano, que uso de broche até hoje.
Anos depois voltamos com os meninos pequenos, mas eu já sabia que não moraria mais lá, que outros rumos tinham sido tomados, que eu não estava mais sozinha. Ainda hoje gostaria de viver um dia, cuidando de uma pousadinha à beira mar, varrendo o excesso de areia e observando o sol ir dormir no mar. Não seria nada mal se pudesse ser por lá, o lugar do Nordeste onde mora meu coração...

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