O que no começo eram corrimãos, se transformaram em cordas para ajudar as descidas ingrimes quando as coxas falhavam...e ainda bem que as cordas estavam lá... A primeira escada enferrujada de pirata nos esperava no final, para alcançarmos a primeira praia de pedra. Foram vários arcos cercados de pedras limbosas e escorregadias, que me lembraram as caminhadas às pedras de mergulho em Boissucanga. Para evitar o escorregão não bastava escolher bem onde por o pé, era preciso sentir a superficie com toda a atenção possivel e então soltar o peso. Vacilava, dançava, era tombo na certa. Hoje não levei nenhum, mas assisti alguns do impaciente e apressado Iago. Tudo ao seu tempo. Minúsculas cascatas de água doce nos surpreenderam no caminho, todinho acompanhado com o perfume tão nostálgico das algas da costa de Olinda.
Entre cordas e escadas de piratas, chegamos à última praia, onde não haviam mais arcos para atravessar. Não pude deixar de imaginar navios piratas encostando naquela costa e acessando aquelas pedras perfeitas para se esconder um tesouro...
Tempo de descanso e piquenique, ao som das águas calmas.
Estávamos na Praia de Antifer, que alcançamos em 45 minutos de caminhada.
Na volta, fomos pelo alto das falésias, descobrindo os refúgios e as danças das gaivotas, até um helicóptero dos bombeiros chamar a atenção de todos. A maré tinha pego alguns desatentos de surpresa...
Não se brinca com a força da natureza, e hoje senti o quanto ela ainda tem a me ensinar...
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