dimanche 6 mai 2018

Arte do convivio

Mais um capitulo da Horta Coletiva. E tão interessante esse convivio, como se tivéssemos cada um seu apartamento, so que vendo o que cada um coloca no seu.
Assim, acabo conhecendo os interesses culinarios, o senso de organização, de estética e a preocupação com o alinhamento nas plantações mais organizadas. E todo mundo vê e acaba dando palpites na parcela do outro. Que são, ao meu ver, até que bem recebidas... 
Como qualquer espaço coletivo, tem o pessoal que "comanda". Quem conhece as senhas dos armarios onde ficam os materiais coletivos e o do cadeado do galinheiro, pertence a esse grupo. E pouco a pouco vou entendendo o porquê. Eles realmente sabem como colocar o maximo  que podem a nossa disposição e trabalham por gostarem e pelo coletivo. Fabien é um deles, que comprou varios sacos de terra e revendeu a os interessados pelo mesmo preço. Também me incentivou a usar o esterco de galinha dando as dicas, e esta sempre resolvendo as encrencas que aparecem. Hoje mesmo, uma senhora achava que tinham roubado alguns de seus bambus que ela usaria nos suportes dos seus tomateiros. O que se sentiu acusado foi no mesmo instante resolver o mal entendido pedindo a ajuda de Fabien. Ah se tudo na vida pudesse ser resolvido assim, no mesmo instante com um bom mediador...
Mas a vizinhança não é so intriga... também tem simpatia e generosidade. Quando passei la ontem para regar meus pés de pepinos, conheci a minha vizinha da esquerda. Depois de alguns minutos de conversa, ela me reconheceu de um passeio que acompanhei o Iago na antiga escola, onde é professora. Com o cuidado de uma professora, da uma atenção especial ao seu canto, forrando os pés de morango e colocando plaquinhas com os nomes do que planta. Hoje nos cruzamos de novo, e ganhei dela mudinhas de pimentão, abobrinha e tomate. 
Talvez os seres vivos, plantas e bichos, tenham a missão de intermediar os humanos em suas relações às vezes tão complexas. Talvez eles possam nos ajudar a sermos mais humildes e respeitosos uns com os outros, pois quando essas entidades estão entre nos, tudo parece mais simples.

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