Me lembrei de um aluno que acompanhei como Psicóloga Escolar numa das escolas que trabalhei. Extremamente inteligente, Leonardo (nome ficticio), em classe era disputado pelos colegas, que pediam sua ajuda; enquanto nas quadras das aulas de esporte, se integrava dificilmente ao grupo. Uma grande ajuda que tinhamos era a do professor de Educação Fisica, Fabiano (tb ficticio). Experiente, afetuoso, com leveza e naturalidade, graças a ele, certamente Leonardo pôde viver momentos especiais no seu período escolar. Pois, como é tipico de crianças com essa síndrome, as relações sociais são dificeis e delicadas. E Fabiano conseguia dar a atenção que ele precisava, acalmando sua ansiedade sem lhe forçar a fazer o que se esperava das crianças, mas fazendo com que ele fizesse ao menos alguma coisa. O maior exemplo que pude acompanhar, foi quando a equipe conseguiu que ele participasse do acampamento anual da escola. Me lembro ainda das dificuldades que enfrentou, de simples passeios à lamaçais e tobogãs...tendo que superar seus medos, e conseguindo , com a retaguarda da nossa equipe tão unida daquela época.
Profissionais como Fabiano são imprescindiveis, verdadeiros aliados da educação que respeita a criança como ela é, procurando ao mesmo tempo incentivá-la a avançar e acreditar em si mesma. Só com essa atitude de escuta as crianças poderão, Asperger ou não, crescer e se desenvolver plenamente.
Me pergunto onde anda Leonardo, nos seus 20 anos de idade...
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