samedi 19 mai 2018

Choro que renova

Quando estou precisando ficar sozinha, procuro a programação do conservatório. Ontem dei sorte, havia uma apresentação gratuita de coral.
Dois grupos de idades distantes; os pequenos de 7 anos e os adolescentes de 16, se completaram nessa uma hora que abordava o tema Família.
Em forma de teatro, o pai varria a casa enquanto todos os outros brincavam do Jogo de sete famílias. E as músicas se sucediam em torno deles, avós, pais, relações de irmãos. O que sempre me encanta é a naturalidade das crianças, que nessa idade não escondem nem a insatisfação, nem a vergonha, nem o total entusiasmo.
Enquanto uns se encolhiam quase como se pudessem esconder a cabeça no pescoço, outros fechavam a cara e fingiam cantar com as mãos no bolso. Alguns mais entusiasmados me arrancaram sorrisos e até lagrimas, tamanha a alegria que exalavam. Mesmo a voz não sendo precisa, a cena fôra tomada pela atmosfera leve e doce de criança.
Os adolescentes subiram ao palco bem menos numerosos, mas muito mais seguros. O palco, o entrosamento, as várias vozes que dançavam entre si, aparecendo e sumindo, dando aquele arrepio na espinha.
Chorei feito criança com as crianças entusiasmadas, chorei com a intimidade daquele pequeno grupo de adolescentes que não abandonaram totalmente a música pelos estudos, que se entregaram no bis do Eleanor Rigby dos Beatles.
E voltei pra casa vendo o céu de outra cor, e o sol se pondo como se o visse pela primeira vez...
Ps. Vai um video do Iago numa das suas mais entusiasmadas apresentações...

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