Depois de ficarem duas horas sentados no calor e no escuro, os pequenos contrabaixistas sairam do teatro super agitados. Como bichos liberados de gaiolas, pulavam uns em cima dos outros, quase levando a brincadeira pra rua. Dois meninos de dez, uma de nove e um de treze anos. Se acabando nos cais dos metrôs parisienses, como crianças correndo soltas no quintal. Claro que nós, os adultos responsáveis tentávamos acalmar o fogaréu, mas quem já viu criança pegar fogo sabe como é dificil, quando uns se acalmam, outros já deixaram a pequena faísca se espalhar...
A corrida maior foi pra pegar o ultimo trem, aproveitando que ele estava pra chegar, aceleraram felizes por terem um motivo. Lá vai um adulto correndo atrás; felizmente eles são grandes o suficiente para saberem onde parar.
Entramos no trem do RER, pronto, pensei, nossos músicos agora se acalmam.
Nada feito, continuavam na maior empolgação. E agora era no sopro, praticamente uma orquestra à vento, sem os instrumentos. A brincadeira era basicamente soprar na cara do outro. Fazendo cocegas ou não, arrancavam gargalhadas sem fim uns dos outros. Sorte dos passageiros do vagão que tinham que descer logo, e dos que não se incomodavam com a euforia...talvez tenham a própria dose em suas casas. Até alguns sorrisos se esboçaram, daqueles mais sensiveis a essa energia contagiante e infinita que só criança tem...
Bom saber que sempre haverão crianças pra deixar o mundo menos ranzinza e muito mais barulhento e divertido. Pelo menos enquanto o ser humano fizer por merecer esse espaço que ele ocupa no planeta...
Foto tirada pela Dani com a Gopro do Joel no Parque Asterix em 2014...
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